ainda não era o tempo
de a lua se despir
enquanto declamava
os peixes que ondulavam
no seu ventre macio,
ainda não era o tempo
de o eco distante se libertar
penetrando nos poros sequiosos
das bocas que abriam caminho
ao voo dos girassóis,
ainda não era o tempo
de a alma chorar
estrelas-do-mar e ouriços
enquanto cantava o silêncio
de um amor quebrado no molhe,
ainda não era o tempo
-ouvia-se-
ainda não era o tempo
de as horas não existirem
no entrelaçar de sorrisos
na dança de olhares vivos
no alento de um amor sonhado.
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