09/10/2010

asas-planador

quando é que sabemos? há um dia? um momento? libertinas as palavras cegas e egoístas que pisam, repisam, não querendo saber. indiferença das lágrimas gastas. gestos invisíveis presos nas chamas dos condenados. terra estéril, queimada pelos olhos dos que não estão. fiapos de voz. força ténue. moribunda humanidade dos dedos que tentam alcançar o que a mente escondida tornou pérfido. ínvios os degraus que os pés sugam para não perderem as mãos. toldados. mirrados. quando? quando é? na morte?
abre a força das marés no meu peito, beija-me gentil. deixa-me procurar nas pedras os sorrisos, os sonhos, e fundir-me com o musgo da música que me enche e sustém.
o amor é um estado, conquistado, em cada instante. não se vende. não se adquire. não se engana. só nós...
só uma palavra, sem complementos.
descoberta, na escalada rochosa. asas do vento férreo semeado no começo. asas-planador...

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