30/07/2012

sem saber

são as tuas mãos que procuro no sangue quente que me percorre, mas ao tentar alcançá-las, foges para local distante, para um sonho que não tem fim, para um tempo em que eu própria duvido de mim. os teus olhos de mel beijam-me os lábios e perdem-se no fio das horas revoltas. dois barcos em alto mar. e a tempestade que nos invade. chuva densa e fria onde os nossos corpos se procuram às cegas. fazemos amor. sem saber, somos já labaredas.
aqui tão longe, tu estás perto. ondulas, magnético, sobre os meus poros. perdi-me. perdi-me em ti.

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